O projeto Alumiar oferece um espaço de inclusão social e de cultura para as pessoas com deficiências sensoriais, o que faz do Cinema da Fundação o primeiro do Brasil a tornar acessíveis e exibir na sua programação regular filmes nacionais com três modalidades de acessibilidade comunicacional: Audiodescrição (AD) para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para surdos e ensurdecidos (LSE).

Numa parceria entre a Fundaj/TV Escola/MEC, durante o período de um ano, o projeto irá tornar longas-metragens brasileiros acessíveis, selecionados mediante uma curadoria que prioriza a qualidade cultural e artística da obra. Depois de exibidos no cinema, os filmes serão disponibilizados na TV Escola e na TV INES. “O projeto Alumiar foi elaborado por compreendermos que é função do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, enquanto instituição do Ministério de Educação (MEC), sem fins lucrativos e com objetivos culturais, sociais e inclusivos, ser um espaço acessível para todas as pessoas”, esclarece o Ministro da Educação Mendonça Filho, entusiasta do projeto.


O Alumiar destina-se, também, a estudantes, profissionais e pesquisadores da área da acessibilidade, produtores de audiovisual, estudantes de artes visuais e o público em geral. Além de colaborar para a formação de um novo público a partir da inserção de pessoas com deficiências sensoriais no universo do cinema, a ação inclusiva vai criar um canal de diálogo com profissionais da acessibilidade. "A ideia é que as sessões se tornem um espaço de discussão e avaliação do modelo de acessibilidade aplicado aos filmes, com debates e pesquisas realizadas entre público e especialistas. O projeto visa ainda a realização de seminários e cursos sobre acessibilidade no cinema", explica a idealizadora e coordenadora do projeto Alumiar, Ana Farache, gestora do Cinema da Fundação.

Para o presidente da Roquette Pinto, jornalista Fernando Veloso, Alumiar é um dos projetos de maior abrangência em acessibilidade comunicacional no país. “Com a exibição dos longas na TV Escola e na TV INES, será ampliado o número de pessoas beneficiadas com o projeto, pioneiro ao levar filmes brasileiros com as três acessibilidades comunicacionais no cinema, num canal de televisão e numa webtv”, destaca.

Programa/Maquete - A cada filme, as pessoas cegas ou com baixa visão recebem o programa da sessão em braille. Além disso, para facilitar o reconhecimento do espaço do Cinema da Fundação/Museu, foi construída uma maquete tátil que representa, em detalhes, o conjunto de ambientes mobiliados que compõe o cinema, como a tela de projeção e palco, sala de exibição, poltronas (num total de 166), cabine de projeção, áreas de circulação e entrada do cinema. A maquete estará exposta na entrada do cinema e foi confeccionada na escala de 1/25, com dimensões de 0,50 x 1,15m. Todos os elementos representados respeitam suas características originais como cores, texturas e formas. As legendas de orientação e descrição da maquete estão acompanhadas de caracteres braille.

 

FILME 6 – 20 de fevereiro 2018

Rio Doce/CDU
Brasil, 2013 | 72 min | Livre | Chá Cinematográfico
Direção e roteiro | Adelina Pontual
Sinopse | Uma viagem pelos subúrbios de Olinda e Recife seguindo o itinerário do ônibus Rio Doce/CDU. A linha cruza parte das duas cidades pernambucanas, cortando antigos bairros, revelando uma diversidade de paisagens urbanas e de pessoas que ali trabalham, ou apenas se deslocam de um ponto a outro. No vai e vem das ruas, o ônibus segue seu percurso.
Adelina Pontual é diretora e roteirista, realizando curtas metragens e documentários para TV. Atua também como continuísta, tendo realizado esta função em 20 longas-metragens nacionais, entre eles Central do Brasil e Abril Despedaçado, de Walter Salles, Carandiru, de Héctor Babenco, O Palhaço, de Selton Mello, A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergale e Tatuagem, de Hilton Lacerda.

Equipe de Acessibilidade
Audiodescrição (AD)
Roteiro: Túlio Rodrigues
Narração: Liliana Tavares
Consultoria: Elizabet Sá
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
Tradução e interpretação: Efraim Canuto e Tafnes Oliveira
Consultoria: Cristiano Monteiro
Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE): Gabriel Bohrer Schmitt


 

FILME 5 – 06 de fevereiro 2018

Garoto Cósmico
Brasil, 2007 | 76 min | Livre | Elo Company
Direção | Alê Abreu
Roteiro | Alê Abreu, Daniel Chaia, Sabina Anzuategui, Gustavo Kurlat
Elenco | Aleph Naldi, Bianca Rayen, Mateus Duarte, Raul Cortez, Belchior, Vanessa da Mata, Márcio Seixas
Sinopse | Cósmico, Luna e Maninho vivem em um mundo futurista, onde as vidas são inteiramente programadas. Numa noite, eles se perdem no espaço, enquanto buscam obter mais pontos para ganhar um bônus na escola, e descobrem um universo infinito, esquecido num pequeno circo.
O cineasta e ilustrador Alê Abreu já dirigiu 7 filmes. Seu longa mais conhecido, O Menino e o Mundo (2013), participou de diversos festivais, recebendo 51 prêmios e uma indicação ao Oscar de Animação. Atualmente, Alê trabalha na produção de Viajantes do Bosque Encantado. Além disso, é membro da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood.

Equipe de Acessibilidade
Audiodescrição (AD)
Roteiro: Letícia Schwartz e Gabriel Bohrer Schmitt
Narração: Letícia Schwartz
Consultoria: Rafael Braz
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
Tradução e interpretação: Carlos Di Oliveira
Consultoria: Alessandro Vasconcelos
Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE): Letícia Schwartz e Gabriel Bohrer Schmitt


 

FILME 4 – 23 de janeiro 2018

Bye Bye Brasil
Brasil, 1980 | 100 min | 18 anos | LC Barreto
Direção | Cacá Diegues
Roteiro | Cacá Diegues, Leopoldo Serran
Elenco | José Wilker, Betty Faria, Fábio Júnior, Zaira Zambelli, Jofre Soares
Sinopse | Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o Nordeste do Brasil com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos e fugindo da concorrência da televisão. O sanfoneiro Ciço e sua mulher Dasdô juntam-se à caravana, e atravessam as estradas do país.
Cacá Diegues foi um dos líderes do movimento Cinema Novo. Dirigiu mais de 18 filmes, entre eles, Chuvas de Verão, Deus é Brasileiro e Xica da Silva, seu maior sucesso no país. A maioria dos filmes de Diegues foi selecionada por grandes festivais internacionais e exibida comercialmente em vários países – o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos em todo o mundo.

Equipe de Acessibilidade
Audiodescrição (AD)
Roteiro e Narração: Eliana Franco
Consultoria: Felipe Monteiro
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
Tradução e interpretação: Carlos Di Oliveira
Consultoria: Alessandro Vasconcelos
Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE): Flávia Machado