2018 foi um ano especial para o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Seu público teve um crescimento significativo de 68% em relação a 2017, com cerca de 55 mil entradas contabilizadas. Entre as diversas conquistas alcançadas,  houve a reabertura da sala do Derby, que por dois anos esteve fechada para reformas, e a inauguração da Cinemateca Pernambucana, primeira e única do estado. O ano trouxe ainda a consolidação de projetos do Alumiar que contou com 24 sessões acessíveis, trazendo mais de duas meses pessoas para as nossas salas Derby e Museu. Além da exibição de filmes, o projeto realizou três edições do Encontro Alumiar, com masterclasses, discussões e debates promovidos por professores, estudantes e especialistas na área de acessibilidade comunicacional. Outra iniciativa que já ganhou os corações dos espectadores da Fundaj foi a do Sempre Aos Domingos, que exibiu 37 clássicos com um público de 2.924 apaixonados pelo universo cinematográfico.

Entre as novidades, estão projetos como o Sábado à Tarde, direcionado ao cinema de gênero, para a felicidade dos amantes de terror e ficção científica; a Sessão Índigo, para pessoas com necessidades específicas e seus familiares; e a Sessão Cinemateca, que ao longo do ano buscou sempre trazer realizadores de filmes pernambucanos para debaterem as suas obras com o público. Os debates, inclusive, foram um ponto alto no cronograma. Passaram pelo Cinema nomes de peso como Hilton Lacerda e João Júnior (Tatuagem), Petrônio Lorena (O Silêncio da Noite), Fernando Weller (Em Nome da América), Felipe Hirsch (Severina), Luiz Bolognesi (Ex-Pajé), Patrick Grosner (Geração Baré-Cola), Adelina Pontual (Rio Doce/CDU), André Di Mauro (Humberto Mauro), Thiago Di Fiore (Dê Lembranças a Todos), e muito mais.

A participação de André Di Mauro e Thiago Di Fiore se deu na programação da 21ª Mostra Retrospectiva/Expectativa, realizada em grande estilo de 6 a 22 de dezembro, com 127 sessões oferecidas a um público que se configurou em um número de mais de 2.500. Durante 17 dias, foram exibidos mais de 50 filmes nacionais e internacionais, tanto inéditos, quanto os destaques de 2018 e as grandes promessas para 2019. Ainda foram fizeram parte da programação as mostras Hirokazu Kore-eda e Philippe Garrel, dedicadas a estes dois diretores de extrema relevância para o cenário do cinema contemporâneo mundial.

Outras mostras que movimentaram bastante os corredores do Cinema foram as que homenagearam grandes diretores brasileiros na reabertura do Derby: Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos e o pernambucano Geneton Moraes Neto. Além das mostras Queer+, celebrando o movimento LGBTQ+ do Recife; Ingmar Bergman, para comemorar o centenário do diretor sueco; Arrepio, homenageando o mestre do suspense e do terror John Carpenter; e as já citadas Hirokazu Kore-eda e Philippe Garrel.

Além disso, mantendo sua tradição de abrir espaço para o cinema nacional e internacional, foram recebidos as mostras e festivais Varilux (4.187), VI Brasil Stop Motion (2.082), FINCAR (210), Guiar (53), Janela Internacional de Cinema (678), Play the Movie (160), Animage (731), Festival de Circo (85) e Remaster (181).

Outro destaque foram os canais de comunicação do Cinema da Fundação, que também tiveram um aumento expressivo em 2018. Em janeiro, o perfil do Instagram contava com cerca de oito mil seguidores. Atualmente, o indicador está nos 23.874, com uma excelente performance de engajamento orgânico. Já no Facebook, o número de fãs ultrapassou a casa dos 38 mil. No início deste ano, havia cerca de 35,5 mil.

FILMES DE MAIOR PÚBLICO

Durante o ano de 2018, o cinema internacional foi destaque, ocupando os três primeiros lugares no ranking dos mais vistos do Cinema da Fundação. O mais novo filme de Lars Von Trier, A Casa que Jack Construiu, foi o filme que atraiu o maior público do ano, com 1.214 pessoas. Em segundo lugar, o vencedor do Oscar 2017 de Melhor Roteiro Original, Corra!, de Jordan Peele,, com um público de 1.183 pessoas. Em terceiro, The Square – A Arte da Discórdia, vencedor do Festival de Cannes 2017, com 1.100 pessoas.

Das produções nacionais, as que atraíram um maior número de público foram Benzinho, de Gustavo Pizzi (871); O Animal Cordial, de Gabriela Amaral Almeida (787), e o documentário pernambucano Em Nome da América, de Fernando Weller, com 664 pessoas.

BALANÇO CINEMA DA FUNDAÇÃO 2018