
Cinema da Fundação sedia programação do Janela Internacional de Cinema do Recife
Cinema da Fundação recebe a edição especial do Janela Internacional de Cinema do Recife, realizada de 12 a 24 de julho. Nas salas do Derby, a programação conta com mostras, sessões especiais, debates e palestras, o que marca a transição do festival entre o formato online e presencial.
“Ter a volta da programação do Janela Internacional do Recife depois de dois anos sem edições, é muito importante para o Cinema da Fundação porque mostra que estamos sempre abertos, lutando para que o melhor do cinema esteja presente nas nossas salas”, afirma Ernesto Barros, coordenador do Cinema da Fundação. “O Janela, desde 2008, vem mostrando que é possível criar um novo espectador, que olha para o cinema criativo, cinema com atitude, em que as pessoas participam ativamente”, acrescentou Ernesto.
O início da programação do Cinema da Fundação/Derby será nesta quarta-feira (13), com uma sessão especial às 19h15, com “Ouvem-se Estrelas nos Confins de Sonora”, de Anti Ribeiro; e às 20h com “Crimes of The Future”, de David Cronenberg. Já entre os dias 14 e 24 de julho, haverá uma mostra inédita dedicada às produções da cineasta e roteirista norte-americana Kelly Reichardt. O Janela Internacional exibe “Rio de Grama”, “O Atalho” e “First Cow, A Primeira Vaca da América”, e mais quatro longas-metragens da diretora estadunidense.
Já a mostra Ladrões de Cinema, vem para trazer provocações sobre a história, contada a partir de quem está em cena, particularmente, por atores e atrizes negros que marcaram a cinematografia brasileira. Entre os longas, está “A Rainha Diaba”, dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, que estará presente junto com a arquivista Débora Butruce para falar sobre o processo de criação do filme. A produção de 1974 conta com o ator Milton Gonçalves, ícone da teledramaturgia brasileira, falecido em maio deste ano.
Os ingressos para a Cinema da Fundação/ Derby custam R$ 7 (valor único), às terças-feiras. De quarta a domingo, custa R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Nas sessões exibidas nas quarta-feiras, professores têm entrada gratuita. Importante destacar que os ingressos serão disponibilizados apenas na bilheteria uma hora antes do início de cada sessão.
O festival tem curadoria de Luís Fernando Moura, Lorenna Rocha e Rita Vênus. Uma parte da programação também estará sendo realizada no Cineteatro do Parque, localizado no Bairro da Boa Vista “A última edição do Janela, que aconteceu em 2021, foi uma edição experimental e pensada para o ambiente online. Nós estávamos em um momento mais severo da pandemia e desde então fomos trabalhando com essa ideia do que seria o retorno do Janela ao presencial, às salas de cinema. Esse processo ainda com muitos cuidados a se tomar”, explica Luís Fernando Moura, coordenador da programação do Janela.
Curtas e Aulas
O Janela Internacional de Cinema do Recife contará com o programa de curtas comissionados Eu Me Lembro. No dia 14 de julho, às 18h, e dia 19 de julho, às 15h, serão exibidos “Um Café com meu Avô”, de Anna Muylaert; “Gargaú”, de Bruno Ribeiro; “Um Quarto na Cidade”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata; “Kaique Brito: Eu Me Lembro”, de Kaique Brito; “Feliz Navegantes”, de Lia Letícia; “Turista”, de Nele Wohlatz; e “A Terra Segue Azul Quando Saio do Trabalho”, de Sergio Silva.
Esta edição especial também traz cinco aulas, sendo quatro delas realizadas presencialmente no Cinema da Fundação/Derby – o público deve retirar o ingresso gratuito uma hora antes do início da aula. E uma será apenas no formato virtual (janeldecinema.com.br) com a participação do ator e diretor Antônio Pitanga, no dia 20 de julho, às 19h. Ainda segundo a grade, serão abordados temas como a preservação para criadores e métodos de digitalização, com William M. Plotnick e Laura Batitucci, que será realizada no dia 17, às 16h.
“Uma série de discussões nas aulas do Janela que vão costurar tanto essa atenção a história do cinema que o Janela vem ao longo dos anos construindo, como também experimentar mesmo, com a ideia de diálogo, como essa instância de encontro e troca, a partir de uma série de temas e discussões que tem haver com o cinema e a cultura das imagens”, afirma Luís Fernando.