Projeto Alumiar no Festival de Inverno de Garanhuns
Reunir música, literatura, arte e cultura em um só lugar é um dos objetivos do Festival de Inverno de Garanhuns. Para colaborar com essa missão, o Projeto Alumiar, do Cinema da Fundação, equipamento da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), vai aportar na cidade do Agreste de Pernambuco pelo segundo ano consecutivo. A inclusão social e cultural por meio das produções audiovisuais vai acontecer entre 28 e 30 de julho, no Cine Jardim, Centro de Produção Cultural, Tecnologias e Negócios do Sesc (CPC Sesc). As sessões são gratuitas e contam com as três modalidades de acessibilidade comunicacional – Audiodescrição (AD) para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE).
“Nós que fazemos a Dimeca, da Fundaj, não poderíamos deixar de participar do já tradicional Festival de Inverno de Garanhuns, o FIG. Neste ano estamos com a nossa Coordenação de Cinema levando o projeto Alumiar, voltado ao público que necessita de recursos acessíveis para acompanhar filmes. Com isso alcançamos pessoas de todo o estado que participam do evento, ampliando ainda mais nossas ações”, destaca o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Túlio Velho Barreto.
O coordenador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim, celebra a participação do projeto na programação do FIG. “Estar em um evento que já tem um histórico tão rico e valioso como o Festival de Inverno de Garanhuns é um grande benefício para a causa porque existe um fluxo enorme de pessoas circulando pela cidade e quanto mais a gente chega nos mais diversos públicos, melhor para a acessibilidade”, afirma. A programação conta com curtas e longas-metragens pernambucanos, como “O Rochedo e A Estrela”, de Kátia Mesel, “A Onda Traz, O Vento Leva”, de Gabriel Mascaro, “Salu e o Cavalo Marinho”, de Cecília da Fonte Alves, e “A Árvore do Dinheiro”, de Marcos Buccini e Diego Credidio. Também fará parte da mostra uma sessão para a criançada, no domingo (30), a partir das 15h.
“A gente consegue levar um projeto acessível da Fundaj de extrema importância para o Agreste de Pernambuco, para que pessoas com deficiência de outras cidades pernambucanas também possam ser afetadas pelo projeto de cinema acessível, possam participar dessa experiência, possam conhecer o nosso cinema com acessibilidade, mas, acima de tudo, possam garantir o seu direito de cultura e de lazer que está previsto na Lei Brasileira de Inclusão”, conta o especialista em acessibilidade e educador do Cinema da Fundação, Túlio Rodrigues.
Participarão do primeiro dia de Sessão Alumiar no FIG, o Coordenador de Audiovisual da Fundarpe/Secretaria de Cultura de Pernambuco, Martin Palácios, as secretárias de Educação e Cultura de Garanhuns, Wilza Vitorino e Sandra Albino, o vereador de Garanhuns, o vice-presidente da Câmara Municipal de Garanhuns, Juca Viana, que é uma pessoa cega, o Presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Agreste Meridional de Pernambuco (ADVAMPE), Magno Ray, que também é uma pessoa cega, e a Presidente da Associação de Surdos do Agreste Meridional de Pernambuco (ASAMPE), Diega Alves, que é uma pessoa surda.
Alumiar no FIG
O Projeto Alumiar de Cinema Acessível oferece sessões gratuitas para pessoas com deficiências sensoriais, promovendo uma programação de filmes com três modalidades de acessibilidade comunicacional: Audiodescrição (AD) para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE). O Alumiar fez sua estreia no Festival de Inverno de Garanhuns no ano de 2022, levando para o público a animação brasileira Garoto Cósmico, no Cine Eldorado, que fica no bairro de Heliópolis e é um cinema de rua da cidade. A ação teve sucesso de público, reunindo idosos, adultos e crianças para assistir e bater um papo sobre a obra. Mais de 200 pessoas, entre crianças com autismo, pessoas cegas e pessoas surdas, lotaram o espaço e foram acolhidas pela equipe de acessibilidade da Fundação Joaquim Nabuco.