Sessão Chama Curtas apresentou “Corpos e Cosmos: o cinema de Carlos Segundo”, neste sábado (30)

03 de outubro de 2023

A Sessão Chama Curtas retornou neste sábado (30), às 16h, à telona do Cinema da Fundação. Exibida, desta vez, na Sala Porto do equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), a segunda edição da faixa mensal apresentou ao público o programa “Corpos e Cosmos: o cinema de Carlos Segundo”, no qual foram escolhidos quatro curtas-metragens do cineasta paulista para a mostra especial. Gratuito, o encontro também promoveu um debate ao fim da sessão com o diretor sobre a estética, técnicas e poéticas usadas em suas obras.

Buscando localizar o Recife dentro do acentuado fluxo de produção de curtas-metragens, a Sessão Chama Curtas selecionou os curtas Subcutâneo (2017), De Vez em Quando Eu Ardo (2020), Big Bang (2022) e o prestigiado Sideral (2021), que figurou na mostra competitiva do 74º Festival de Cannes, e teve neste sábado sua primeira exibição nas telas dos cinemas do Recife.

Mediado pelo assistente de programação do Cinema da Fundação, Felipe Karnakis, o encontro foi visto como uma oportunidade importante de difusão cultural de acordo com Carlos Segundo. “Os curtas-metragens tem seu espaço restrito especialmente aos festivais de audiovisual. Acho interessante a gente poder ter a oportunidade de fazer a exibição, logo de quatro curtas-metragens seguidos, aqui no Cinema da Fundação até para ter uma leitura mais ampla deste trabalho”, reforça o diretor.

Nascido em São Paulo, o diretor, fotógrafo, roteirista e montador Carlos Segundo conta que iniciou sua carreira cinematográfica em Uberlândia, no ano de 2007, e desde então lança um curta-metragem por ano. Quando questionado por Felipe Karnakis sobre quais assuntos o interessam mais em ser retratados nos seus filmes, o cineasta paulista afirma que muitos temas já perpassaram por suas obras, mas que a revolta sempre retorna às suas produções.

“Eu tenho me interessado muito pelas pequenas revoluções e de certa forma esses quatro filmes apresentados falam dessas pequenas revoltas que provocam essas explosões, ou seja as sensações que estão ali pulsando e de repente estouram”, diz Carlos Segundo. “Gosto muito de trabalhar o cotidiano, ordinário, mas quase no limite do impossível da vida, sempre pensando como  universos simples podem produzir potências a partir dos elementos em seu entorno”.

A digitadora Brenda Francisca foi uma das espectadoras do programa “Corpos e Cosmos: o cinema de Carlos Segundo”. Primeira vez acompanhando a Sessão Chama Curtas do Cinema da Fundação, Brenda Francisca contou sobre a sua experiência na exibição gratuita. “O que me interessou sobre a sessão especial foi poder assistir pela primeira vez no cinema o curta-metragem Sideral. Entre todos os filmes, este teve a construção narrativa mais completa e instigante na minha opinião”, atesta a digitadora.

Sobre o Chama Curtas

Com o intuito de situar o Recife dentro do intenso fluxo de produção de curtas-metragens, o Cinema da Fundação abriu uma importante janela de exibição para que essas obras cheguem até o público com uma maior frequência. A Sessão Chama Curtas traz uma programação mensal que propõe apresentar um panorama dos trabalhos realizados no Brasil, percorrendo pelas produções locais, nacionais e internacionais. As sessões são gratuitas e sempre contam com debates após a exibição dos filmes.

Sessão Chama Curtas apresentou “Corpos e Cosmos: o cinema de Carlos Segundo”, neste sábado (30)