Alumiar realiza exibição especial com estudantes de cinema para debate sobre acessibilidade

22 de julho de 2022

O projeto Alumiar, referência nacional de acessibilidade cinematográfica, realizou uma sessão especial nesta quinta-feira (21), com o prestigiado documentário pernambucano O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, com recursos de audiodescrição, legendas para surdos e ensurdecidos e Libras. A sessão contou em seu público com estudantes de Cinema e Audiovisual e de Letras/Libras da Universidade Federal de Pernambuco, que participaram de um debate sobre cinema pernambucano e acessibilidade com as pesquisadoras e professoras Manu Costa e Amanda Mansur, além de Túlio Rodrigues, Chefe da Divisão de Projetos Especiais e Acessibilidade.

O longa, dirigido por Paulo Caldas e Marcelo Luna, passou por um processo especial de acessibilização, com a inserção da audiodescrição, tradução em Libras e audiodescrição, realizado para o festival VerOuvindo, que é parceiro das sessões especiais do Alumiar neste mês. A exibição promoveu um primeiro contato desses futuros trabalhadores do audiovisual com as possibilidades de acessibilidade que precisam estar incorporadas na experiência das salas de cinema do país.

“A formação é um dos braços do Alumiar. Além de promover o acesso a pessoas com deficiência, a gente também precisa dialogar com os profissionais da área. A iniciativa de hoje é ter essa aproximação com as pessoas que estão se formando, levando essa discussão para a graduação, que é o lugar onde ela deve ser iniciada de fato, a gente precisa discutir acessibilidade também e pensar que isso é um espaço no mercado, dentro da cadeia do cinema e também como campo de pesquisa”, elabora Túlio Rodrigues.

Entre o público da sessão, Samuel Feijó, estudante de Letras/Libras, que pôde ter uma experiência pioneira em sua vida no acesso ao cinema. “Antes disso, eu nunca tive acesso a essa acessibilidade. Os cinemas que eu ia sempre tinham essa dificuldade de acesso, por eu ser surdo. Com esses projetos, para mim fica mais claro sentir o filme e as emoções dele, a partir da legenda e da Libras. Com todos esses recursos, não só assistir, mas também poder falar sobre cinema e a acessibilidade após a sessão, foi algo novo” relata Feijó.

O projeto Alumiar está em atividade desde 2017, completando cinco anos neste 2021. Continuando suas ações de julho, ele chegará pela primeira vez no Festival de Inverno de Garanhuns no próximo dia 26, com a exibição de Garoto Cósmico, no Cine Eldorado.

Alumiar realiza exibição especial com estudantes de cinema para debate sobre acessibilidade